Filme gravado no Capão Redondo chega às locadoras

Filmes brasileiros que relatam histórias vividas na periferia, em que o limite entre a criminalidade e a honestidade é quase imperceptível, já não são novidade. Após o sucesso de “Cidade de Deus”, várias produções do tipo foram lançadas, e mais uma delas chega às locadores de Ribeirão Preto, “Bróder”.

O longa-metragem lançado no ano passado é estrelado por Caio Blat e conta a história de um jovem que mora no bairro do Capão Redondo, em São Paulo, e tem que escolher o que quer para o futuro: uma vida “normal” ou a do crime?

História

Blat, na pele de Macu, mora com a mãe Sônia (Cássia Kiss) na casa do padrasto, Francisco (Aílton Graça). É aniversário de 23 anos de Macu e os dois melhores amigos de infância dele chegam para a festa: o astro do futebol Jaiminho (Jonathan Haagensen) e o pai de família Pibe (Silvio Guindane).

E é com a separação creditada “ao destino” que Macu precisa lidar, o mesmo destino que não lhe dera escolha antes de entrar para o crime, o que de fato ainda não aconteceu.





Apesar do tema batido, o diretor Jeferson De consegue encontrar algo novo no debate: Macu representa a maioria que mora nas favelas e que se acha perto do crime, mas na verdade está inserido apenas na linguagem e nas impressões. O passo para o campo da ação é o grande dilema do personagem central.

Premiado

“Bróder” foi premiado em Paulínia e Gramado, os dois principais prêmios do cinema nacional, e marca a estreia de Jeferson De em longas, mas consolida uma década da carreira do cineasta, antes especialista em curtas. De contou com o auxílio de Mano Brown na trilha sonora e o apoio de Férrez na pesquisa do tema.

“É mano, não é brother”, dá a impressão pedida pelo diretor, mas é possível ver uma linguagem típica da periferia paulistana em vários momentos do filme, no mais, poderia ser muito bem confundido com uma favela carioca.

A interpretação de Caio Blat, melhor ator em Gramado, merece elogios, mas todo o elenco parece bem alinhado, o que facilita a compra da ideia pelo telespectador.

Apesar dos vários prêmios conquistados pelo longa, algumas alterações, como o corte de parte da trilha sonora original, foram feitas para encaixar no orçamento do filme.

Fonte: Jornal A Cidade





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